quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Orquestra Municipal de Aracoiaba: concerto em Guaramiranga (Áudio)


A Orquestra Municipal de Aracoiaba - OMA representa a cultura do município de Aracoiaba aonde quer que passe. Ganha reconhecimento cada vez mais nos municípios vizinhos e em tantos outros do Estado Ceará. Sob a regência do maestro Themístocles Stanton, graduando em música pela UFC/CE, encanta o público onde passa com um repertório atualizado e diversificado, pautado nos valores musicais-artísticos. No dia 23 de Setembro de 2017, a referida orquestra realizou concerto no município de Guaramiranga, aquele foi gravado e explica o motivo da OMA ser tão reconhecida em tantos municípios! Parabéns aos músicos e ao maestro e a todos que fazem esta belíssima orquestra brilhar! Segue a lista do repertório apresentado e as faixas neste link: CLIQUE AQUI!
1 - Game of Thrones - Adaptado por Themístocles Stanton
2 - É preciso saber viver - Arranjo de Themístocles Stanton
3 - Revelação - Arranjo de Yago Nascimento, cantado por Carlos Victor
4 - Final Feliz - Arranjo de Themístocles Stanton, cantado por Carlos Victor
5 - Lamento Sertanejo - Arranjo de Themístocles Stanton, cantado por Ana Renata
6 - Sá Marina - Arranjo concedido pela Sinfônica da Base Aérea de Brasilia - Cantora: Ana Renata
7 - Hero - Cantada por Robervany Lopes
8 - Sonhos de um palhaço - Arranjo de Themístocles Stanton, cantada por Robervany Lopes
9 - Dois pra lá, dois pra cá - Concedido pela Sinfônica já mencionada - Cantora: Fladiana Ruiz
10 - Seleção Elis Regina - Concedido pela Sinfônica já menciona - Cantora: Fladiana Ruiz
11 - Let it Be - Arranjo de Yago Nascimento - interpretada por Pedro Henrique no Sax Tenor
12 - Another Brick in the wall - Arranjo de Themístocles Stanton
13 - Hotel California - Concedido pela Sinfônica já mencionada - interpretada por Cristiano Oliveira
14 - Astronauta de Mármore - Concessão pela Sinfônica já mencionada - cantor: João Paulo Oliver
15 - Tributo a Legião Urbana - Arranjo de Yago Nascimento - cantor: João Paulo Oliver
16 - Whisky a go go - Arranjo de Themístocles Stanton
Aproveite este lindo concerto!

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Transporte universitário de Aracoiaba e sua ineficiência! Direito, e não favor!


Mesmo após mais de 1 (um) ano de vigência da Lei Municipal 1206 de 18 de maio de 2016, que dispõe sobre os DIREITOS e DEVERES dos estudantes universitários no tocante à regulamentação do TRANSPORTE ESCOLAR do município de Aracoiaba, ainda não se tornou um direito efetivo socialmente, isto, porque no Brasil, naturalmente, cidadãos, políticos e administradores não respeitam as leis, a ética ou a moral vigente. Iremos realizar uma interpretação desta Lei para fins de esclarecimentos junto a sociedade do que ocorre.
            APROVAÇÃO DO TEXTO LEGAL
            A Lei Municipal 1206/16, em seu cabeçalho, introduz com a palavra “autógrafo”, que significa, de maneira geral, a aprovação definitiva de um projeto de lei, ou seja, a determinação de sua sanção, que exaure com a publicação, por isso o arquivo está no site da Câmara, pois é determinação formal que seja publicada. Assim, o texto inicial assim “A Câmara Municipal de Aracoiaba, no uso de suas atribuições legais, aprova a seguinte”, dando ênfase a aprovação da referida, embora se escute falar que não foi aprovada.
            O DIREITO
            Por conseguinte, os artigos 1° e 2° da Lei deixam claro que o ônibus universitário é um direito assegurado, além do inciso II da Lei 1206/16 que o ratifica, NÃO É um FAVOR da Administração Municipal, mas um serviço específico a fim de atender uma camada da população que precisa ampliar os horizontes em relação ao acesso à educação, um direito social-constitucional (art. 6°, CF/88) imprescindível para a formação cidadã, fundamento estatal (Art. 1°, II, CF/88). O transporte é público e gratuito (Art. 1°, I, Lei 1206/16), ou seja, é um serviço público como qualquer outro, e, assim, deve obedecer aos princípios da permanência, generalidade, eficiência, modicidade e cortesia, não devendo haver distinção com outros serviços ou disparidade na execução.
            EFICIÊNCIA E CORTESIA?
Universitários em dia que o ônibus furou o pneu.
            Nessa acepção, o serviço público regido pelo princípio eficiência e cortesia, confirmado no inciso IV da Lei analisada, não está sendo executado, pois a segurança, qualidade, continuidade e substituição do transporte quando necessário está sendo descumprida, haja vista que o transporte apresentam riscos aos universitários por ausência de manutenção, é utilizado em outros serviços e não há a substituição, o que prejudica diretamente os universitários que precisam ir à aula para estudar, não perder as suas bolsas de estudos ou financiamento estudantis.







            DEVERES DOS ESTUDANTES?
            O artigo 3° da Lei 1206/16 expressa que é dever dos estudantes universitários cumprirem regulamento da Secretaria de Educação do Município, mas não existem este regulamento, o que já foi objeto de crítica neste blog aos próprios estudante e um pedido à Administração que desse eficácia ao regulamento, porém, nada justifica a ausência de um direito por qualquer razão, salvo quando não atender aos critérios da justiça. Por outro lado, o artigo 4° da Lei Municipal interpretada prescreve os documentos necessários para utilização do direito, mas isso não acontece, muitos estudantes, por não haver fiscalização por parte da Administração Municipal, utilizam o transporte para outros fins não adequados, além de caronas para pessoas que não são universitárias, ficando conhecido como o “ônibus do real”, assim, a culpa não é dos estudantes, mas sim da ausência de fiscalização do serviço.
DISPOSIÇÕES FINAIS E VIGÊNCIA
Os últimos artigos dessa Lei tratam das despesas com o serviço e da vigência, esta que determina o início do direito, de sua execução. O artigo 5°, penúltimo da Lei Municipal, coloca o serviço nas definições orçamentárias municipais, dando força a implementação do serviço, além de atender aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência da Administração Pública. Por outro lado, o artigo 6° finaliza a lei determinando a vigência imediata em sua publicação.

Portanto, enquanto estiver em período de aula dos universitários o serviço deve continuar, independente de qualquer fator externo, a Administração Pública tem o dever de executar o serviço e garantir a vigência e eficiência do direito essencial à educação. Sabemos que o contrato com a Empresa que presta este serviço pelo Município foi rescindido, segundo dados do portal da transparência dos municípios, assim, não adianta mentir ou elaborar motivos para não execução do direito, isso se chama irresponsabilidade e pode ser punida, além de ser possível uma ação civil pública, por, também, tratar-se de direito coletivo.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

EEM Almir Pinto/Aracoiaba. IV Colóquio: DESAFIO DE UMA POLÍTICA PÚBLICA NO COTIDIANO FEMININO NO MUNICÍPIO DE ARACOIABA


Respectivamente: Cleofas Souza, Marta Brilhante, Maria Olga, Maria Meiryvan, Violeta Maria, Yago Nascimento, Bruna Santos

Ano passado, no dia 10 de Setembro, foi promovido, através da professora Maria Olga e do apoio do Núcleo Gestor da Escola de Ensino Médio Almir Pinto, o III Colóquio, que tratou sobre o polêmico tema, Terceirização, que, diante de um projeto que tramitava no Congresso Nacional, que foi aprovado e transformado na Lei 13.429/2017, discutia-se os benefícios e malefícios do referido projeto para a sociedade.
            Tendo em vista a importância do colóquio para o meio acadêmico e social, ontem (19/10), ocorreu o IV Colóquio da Escola, ainda sob a organização da professora Olga, aquele tendo origem no projeto da estudante da Escola, Andreina Pereira da Silva, e como orientadora, a referida professora, sendo o título do trabalho: Desafios De Uma Política Pública No Cotidiano Feminino No Município de Aracoiaba.
            O evento contou com a presença da palestrante Prof.ª Dra. Violeta Maria de Siqueira Holanda, docente na UNILAB, doutora em Ciências Sociais pela UFRN e mestre em Sociologia pela UFC, abordando a temática sobre a importância de políticas públicas contra Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e seus impactos no maciço. Por outro lado, também palestrou o graduando em Direito pelo Centro Universitário Estácio do Ceará, Yago Nascimento, tratando sobre os aspectos penais e processuais, principais, além da diferença do crime de feminicídio (art. 121, §2°, VI, Código Penal) e Lei Maria da Penha (11.340/2006).
Maria Olga e Meiryvan Oliveira retratando um caso de feminicídio em Aracoiaba.

Estudante Andreina Pereira

Yago Nascimento

Profª. Dra. Violeta Maria de Siqueira Holanda

            O objetivo do projeto é convocar o poder público local a criar a Política Pública Social contra a violência doméstica e familiar no município de Aracoiaba, para isso, é necessário ponderar sobre a inexistência dessa ação por parte deste poder municipal, que, por sua vez, foi convocado para comparecer ao evento, porém não se fez representado, exceto pelo setor do CREAS, representado pela sua coordenadora, Lilian Cristiane Alves Ricardo, pela Delegacia Municipal, representada pela escrivã ad hoc, Katia Lucia Menezes, e pela Seduc/CREDE 08 de Baturité, representada na pessoa da psicóloga, Bruna Santos.

            Perante o objetivo do projeto, observa-se o fato social gerador deste, algo preocupante, pois os dados não mostram as violências severas no âmbito municipal, sendo que, a Delegacia que atende a mulher no estado de ofendida, é a mesma que atende todos as outras espécies de crime, configurando assim uma ineficácia da Lei Maria da Penha que prevê a criação da Delegacia de Defesa da Mulher, o que acarreta uma redução ficta nos dados desta espécie de violência, conquanto, na realidade, é fato de grande situação municipal, onde os casos são desconhecidos ou ocultados, e os poucos existentes são de caráter hediondo, tais como feminicídio, agressões gravíssimas, ameças entre outros. Por isso, a pauta estava fundada nestas obscuridades do sistema penal e processual de fato na situação de mulher do município, bem como a morosidade do sistema judiciário nesta questão, o que enfatiza o ciclo de violência doméstica e familiar contra a mulher.
            Desta forma, o colóquio além de convocar o poder público, também convocou a sociedade para, através da ação da conscientização, cobrar àquele, uma política pública neste sentido, a fim de efetivar o pensamento do Estado previsto na Constituição (art. 226, §8°) e na Lei Maria da Penha, na sua totalidade.
“O colóquio é muito relevante não só para os alunos da escola supracitada, mas também para a população em geral, que tomará conhecimento do que a mídia oculta, participando assim das decisões legislativas de forma integral, podendo promover ações contra ou a favor dos projetos que tramitam sob os olhos do povo.” (MDC, 2016)
            Em suma, mais uma vez ficamos felizes pelo ativismo acadêmico exercido pela Escola Almir Pinto, pelo seu núcleo gestor, que agradecemos através de sua diretora, Maria Meiryvan de Oliveira, e, principalmente, pela professora, socióloga, orientadora e guerreira, Maria Olga, que sempre, no seu esforço, tira do papel as ideias que surgem no meio acadêmico! Parabéns! Isso é um grande passo para o crescimento de uma sociedade, especialmente, quando falamos em educação!


            Que o poder público possa abraçar esta ideia, que, é sua obrigação legal, conferida nos dispositivos legislativos supracitados! Assim, não haverá favores, mas sim deveres!

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Relacionamento só deve existir para seres pensantes.



Será que você está sempre pensando ou apenas agindo pelo costume de uma vida mecânica?

Falar de relacionamento nunca será tarefa fácil, conquanto não impede extrair as evidências lógicas presentes nas relações, que de fato estão refletidas em todas.
Em regra, pessoas se relacionam pelo afeto ou pelo sentimento que às vinculam, tal como o amor, o interesse de amizade, o respeito ou qualquer outro que induza prestígio intelectivo recíproco. Não seria de outra maneira observar que as relações se constituem sob os fundamentos da admiração ampla, pois, embora sejamos diferentes em personalidade, existem muitas coisas comuns entre os seres humanos, desde condições naturais até às patológicas.
Diante dessa análise, o primeiro relacionamento que devemos estabilizar, antes de tudo, é o relacionamento consigo mesmo, é o que Sócrates expressou com o ponderamento de si, o conhecer a si mesmo antes de conhecer qualquer outra pessoa, isso, porque, quando sabemos ou pensamos nossas falhas, refletimos nossas qualidades, tolerâncias e defeitos, passamos a aceitar ou não outra pessoa que possa a vir a nos relacionar, este que é diverso, dentro da própria situação do ser.
Ademais, quando somos seletivos não estamos sendo egoístas, de forma alguma, estamos respeitando o nosso próprio ego e nos prevenindo de futuros constrangimentos, transtornos ou decepções, e afirmando o não individualismo, estamos respeitando o outro, de tal forma que, enquanto estamos nos amando ao nos conhecer, estamos privando o outro dos futuros transtornos do que conhecemos de defeitos de si, e formando assim nossos entendimentos, pois, como disse Freud que "o caráter do homem é formado pelas pessoas que ESCOLHEU para CONVIVER".
Assim, pensar é ponderar sobre todas as coisas que devem merecer atenção e importância de refletir e criticar, da maneira mais ampla e minuciosa, os objetos da vida, assim, se errarmos, saberemos lidar com o fato do erro não merecer a nossa importância, mas sim nossos esforços para corrigi-lo, pois, parafraseando Mario Sergio Cortella, o erro não é feito para ser punido, mas sim corrigido, isso, acredito que no plano da simplicidade, e não podemos confundir com transgressão.

Portanto, a complexidade das relações é determinada pelo nosso grau de maturidade, quanto maior esta, menor aquela (complexidade), pois, seres pensantes sabem o que sentem, sabem identificar em si mesmo, ainda que não completamente, os sentimentos indeterminados, não sofrendo tantas confusões e sabendo entrar e sair de situações que não merecem viver, porque a vida é fugaz e merece ser importante, não banal. Viver comporta, entre tantos outros objetivos, ser feliz, por isso, devemos analisar, radicalmente, com quem e se quem vai ser conosco.
Filosofar é ato exclusivamente humano, por isso, seja humano!

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Crítica aos universitários de Aracoiaba! (ônibus)


Antes de tudo, ao observar em volta todas as pessoas, olhar para todos os animais, é evidente a nossa distinção deles, nós pensamos, e isso é o que o italiano, multidisciplinar, Galileu Galilei analisou com mais profundidade, essa nossa suscetibilidade ao raciocínio. Ademais, parafraseando o filósofo prussiano Immanuel Kant, o homem é aquilo que a educação o transforma.
Nessa análise inicial, infelizmente, não é assim que uma grande minoria dos estudantes universitários de Aracoiaba pensa, esta prejudica aquela que quer realmente um futuro melhor, principalmente aqueles que gozam do direito ao transporte universitário previsto na lei municipal 1206/16, pois ainda não saíram da zona da imaturidade e vivem de atitudes irracionais, inconscientes e não estou falando de crianças e adolescentes, que são confusos devido à transição de personalidade e compreensão do mundo típica desta fase, estou falando daqueles que não mudaram a mentalidade de um ensino fundamental para um ensino superior e deveriam prezar pela polidez de um adulto.
A noção de educação se perde num processo de ascensão que ocorre no transporte, só posso determinar que não reconheça, entre eles, a compreensão do que se faz por eles mesmos naquele ambiente. Observo que não entendem o significado do transporte universitário , do grupo social e da educação e ética necessária para conviver naquele grupo.
Assim, sobre os atos ocorridos no transporte pelos universitários, que deveriam ser pessoas que buscam a educação, ética e progresso pra vida e para a sociedade, afinal, estão em um processo de profissionalização e quando formados lidarão com pessoas, daqui se expressa à seriedade da situação, pois estes alunos, que não são estudantes, serão os futuros profissionais do município ou de outras empresas com grande finalidade social e poderão tratar pessoas como qualquer outro animal irracional. Que espécie de proveito eles estão tirando deste momento tão relevante da vida deles agindo da forma abaixo relatada?
Sobre as condutas hipócritas podemos destacar as piores infantilidades, tais como desrespeito às regras e aos outros estudantes que vão com um propósito sério no ônibus, gritarias, algazarras, ausência de consciência ambiental, irracionalidades como soltar flatulências voluntárias (puns) para ficar rindo feitos idiotas (na acepção etimológica da palavra) e incomodando os outros, além de violências e palavras de baixo calão, por exemplo, sobre aquela, certa vez um dos usuários esmurrou outro por motivo banal, outra demonstração, quando o motorista se irritou porque um dos “universitários” estava sentado na janela ou quando riram quando foi informado no grupo que pessoas do ônibus foram roubadas!
Ainda sobre as hipocrisias, no grupo do ônibus no aplicativo WhatsApp não há, geralmente, um diálogo maduro, mas sim pessoas que gostam de atingir outras por motivos irrisórios, como por exemplo, se você quer ser alguém educado, que escreve correto vão reclamar disso, além das perseguições por você apresentar o bem para os usuários, porque quando sob a existência de um líder e duas comissões poucos reconheceram o valor disso e fizeram destituir-se, porque não havia o respeito aos participantes e às regras que foram estabelecidas.
Entre tantas outras ações mal educadas, infelizmente é preciso dessa crítica, para que os aracoiabenses em geral que acompanham o nosso blog vejam que nem todo mundo sabe reconhecer o direito que possuem, muito menos os deveres decorrentes deles, e mais triste ainda por se tratar de pessoas que já são adultas, que deveriam saber o valor do serviço e suas reflexões, do processo de educação contínua que vivem, haja vista que ser educado compreende grandes atitudes de respeito com fulcro na ética e nos valores interdisciplinares, principalmente por ter alunos do transporte que já estagiam e nós imaginamos como deve ser o tratamento ético que eles dão na prática.
Em suma, serão possíveis biomédicos, enfermeiros, farmacêuticos e fisioterapeutas, advogados entre outros profissionais do nosso município que não farão jus ao título acadêmico e da responsabilidade que decorre dele, que ao invés de contribuir para o mercado brasileiro, serão mais uma massa corrupta que reclama de corruptos.
Portanto, nossa crítica tem caráter social de transformação do corpo acadêmico de Aracoiaba, que está, relativamente, pobre de espírito! Assim como disse Gabriel Xavier, aracoiabense, um dos poucos acadêmicos no sentido real da palavra, numa palestra sobre educação, geralmente se busca um status social apenas para redes sociais, que normalmente não está nenhum pouco vinculado à finalidade da educação. Esperamos que após esta a situação mude através da conscientização.
Mensagens:
Caros usuários deste grande direito conquistado por vocês! Façam valer esta realidade tão sonhada por outros municípios! Façam valer os pais de vocês, que muitos não puderam cursar um ensino superior por ausência desta facilidade! Sejam seres educados e representem bem este processo de educação o qual vocês mesmo passam! Não sejam hipócritas de solicitar uma ação a qual vocês não praticam! Contribuam com a imagem de vocês e do nosso município!


À Secretaria de Educação: Regulamentem internamente o transporte e deem amplo poderes a um líder e Comissão, que não haverá esse tipo de situação, pelo contrário, o retorno para o município será muito maior! Infelizmente o ser humano só aprende com punição.

Projeto educativo em Aracoiaba!

Segunda palestra - dia 29/08 - período da tarde.
O nosso blogue está com o projeto “Educação: A Importância da Construção do Conhecimento Filosófico em Aracoiaba”, cujo tem a finalidade de desenvolver um ativismo acadêmico e criar um corpo intelectual no município de Aracoiaba, tanto por pessoas que não possuem contato com o meio acadêmico quanto por universitários daquele.
            Dessa forma, através de palestras promovidas em escolas de ensino médio e espaços públicos sobre temas importantes que são vistos como problemas de uma sociedade ou de um serviço mal fornecido, a fim de criar um ambiente onde a educação seja valorizada como deve.
            Diante disso, a primeira palestra foi apresentada na Escola de Ensino Médio Almir Pinto de Aracoiaba nos dias 23 de agosto pela manhã e 28 de agosto pela tarde aos alunos de terceiro ano letivo, sob o tema “Desafios da Educação: o que é ser estudante?”, ministradas pelos autores e editores do blogue, Yago Nascimento e Gabriel Xavier.
            Neste evento procurou-se percorrer pelos sentidos e conceito da palavra educação em várias acepções e no significado de ser estudante. Assim, o editor graduando em Direito pelo Centro Universitário Estácio do Ceará (bolsista PROUNI), Yago Nascimento, ao definir educação para os alunos a trouxe como um conjunto de princípios, valores e conceitos interdisciplinares, internos e externos ao indivíduo, transmitido de geração à geração, com a finalidade de desenvolver integramente a sociedade e seus membros, passando pelo conceito de Ética e de Filosofia, distinguindo escolarização de educação.
            Já o bacharel em Humanidades, licenciando em História pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Gabriel Xavier, delineou-se pelos temas da diferença entre estudante e aluno, do estudante universitário enquanto ator social, da transformação social a partir da educação, sobre o status adquirido (WEBER), a educação bancária (FREIRE), criticando a construção de conceitos de cursos bons ou ruins e da ação social do indivíduo (WEBER) e da realidade da vida na universidade.
Primeira palestra - dia 23/08 - período da amanhã.
            Nossa primeira ação foi um sucesso, e o nosso próximo foco será nas secretarias e escolas públicas, com palestra sobre “Ética geral e profissional: nossa função enquanto seres sociais” para professores e servidores municipais. Esperamos que a Administração Pública do município nos receba com bons olhos, mesmo neste processo de elucidação da educação, que geralmente é um perigo para todos os governos.

            Deixamos em anexo o projeto em pdf do blogue, ainda em desenvolvimento. Agradecemos aos representantes escolares, a diretora Meiryvan de Oliveira e a coordenadora Marta Brilhante, e aos estudantes participantes desta primeira palestra pela participação e atenção ao momento, algo muito admirado por nós! O nosso muito obrigado!

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Escola de Música de Aracoiaba: Você Conhece?


                   Caro leitor, você reclama da realidade do seu município? Estou certo que sim, porém esta pergunta é versátil, pois realmente você reclama, mas só reclama? Talvez você possa imaginar que a “culpa” dos problemas seja SOMENTE dos governantes, mas isso é falacioso, não tiro a responsabilidade deles, mas há uma dupla relação na sociedade para o funcionamento desta, lembrai-vos sempre de que o governo muda, mas o Estado é o mesmo, segundo suas variações. Aracoiaba é exemplo disso, e utilizarei apenas um dos exemplos em homenagem.
            Diante desta postagem surgirão muitos julgamentos e preconceitos, poucos irão ver a finalidade da causa, desculpem-me se eu vos apresentar os motivos óbvios, que são a inveja, a politicagem ou ausência de capacidade ou busca da mesma de contribuir de alguma forma, ou ao menos ajudar na ação de progredir, isso é um pensamento em meio plano, não há vertente política, e até há, porque segue o seu verdadeiro ideal.

            A Escola de Música de Aracoiaba – EMA é de iniciativa popular. Vocês sabiam disso? O maestro Themístocles Stanton, licenciando em Música pela Universidade Federal do Ceará – UFC/CE, homem de mutabilidade benigna escalar, que assim como qualquer outro sábio, reconheceu os limites da sua ignorância antes de buscar a sua redenção daquela, é um ativista da teoria da educação musical, pois ele ver na música uma possibilidade alternativa de movimento da alma em ascensão ao progresso íntegro e total, um meio de salvar jovens e pessoas dos males sociais. Foi com sua capacidade de enfrentar o sistema, e com a crença no bem, buscou ajuda com o governo vigente e com amigos para plantar a semente do sonho que inicia, assim, com a fuga do egoísmo e com a ajuda da Administração Pública, juntamente com o Secretário de Educação Emilio Freitas e o representante atual do município Antônio Claudio, abriram oportunidade para 200 crianças da cidade de alimentar a alma com música e estudá-la, desenvolvendo sua condição, assim como vários estudos confirma. Embora ainda esteja em estado de publicação e pouco conhecido, logo serão visivelmente notados os reflexos desta política pública.
            Vale ressaltar da importância dos professores Edson Teixeira, Cristiano Oliveira e do corpo de funcionário, que ainda está crescendo. Além disso, de que a ideia da EMA é oriunda da Orquestra Jovem do Município, que por sua vez, tem origem na Orquestra Municipal de Aracoiaba, um patrimônio histórico-cultural que merece o respeito dos cidadãos que estão afastados da realidade diversa do município e só vivem de reclamações nas redes sociais e nada o fazem para sua contribuição.
            Após um (1) ano de a instituição ter sido inaugurada (25 de maio de 2016), o maestro Themístocles Stanton, então diretor da EMA, não quis realizar um evento próprio, sua tipicidade quis expandir o ideal para outras crianças e para a população ver a importância daquela ação, assim, ele criou o projeto Hoje Tem Música Na Minha Escola, este que tem como objetivo levar os grupos formados dentro da EMA para apresentar em escolas do município, tais como o grupo de flautas infantil e juvenil, a camerata de violão e a origem de toda a história da Escola, a Orquestra Jovem.

            Nas palavras do maestro: “Este projeto também visa à formação de plateia, pois levar a música para dentro das escolas é muito importante, que podemos ver a carência muito grande neste sentido, as apresentações levarão apreciação de música de qualidade, tendo um contato com as diversidades de instrumentos e gêneros musicais”. O maestro também fala da existência, principalmente no contexto histórico-musical o qual vivemos, o de exílio da cultura musical, é preciso que seja apresentado para os cidadãos as músicas que realmente agregam diversos valores.
            O maestro também ressalta uma das finalidades da EMA: “A escola de música tem o papel de implantar em nosso município, algo desconhecido, a música como uma área de aprendizagem, assim, a escola de música não visa somente às apresentações, às performances artísticas, enfim, o produto final, porém muito mais que isso. Nem todos os que participam dos ambientes musicais serão músicos profissionais ou tenham de se tornar estes, pelo contrário, o que está em foco é a alfabetização musical, uma expressão humana que pertence a todos, conforme Kodaly (1882 – 1967), o ensino de música deve ser democratizado, tem de ser voltado para pessoas que não pensem em ganhar exclusivamente dinheiro com isso, mas que tenhamos a consciência da música como uma sensibilização das pessoas, uma alfabetização musical, que abra o leque do conhecimento musical, da verdadeira essência da música e suas reflexões.”.

            Em suma, nós reconhecemos a importância da música como área do conhecimento, pois esta é uma linguagem universal, penetra a alma de qualquer individuo, e o faz de forma incisiva, mais ainda naqueles que estão em estado de vulnerabilidade social, inclusive na incidência dela influenciando na personalidade do individuo, pois música é muito mais que música, ela é educação! 
Parabéns a todos os envolvidos!

Você conhecia a Escola de Música de Aracoiaba? Valorize a cultura de seu município!

Eis o calendário do projeto Hoje Tem Música Na Minha Escola:
Dia 04/08/2017 – Escolas Pedro Guedes e Almir Pinto, com a Camerata de Violões e Orquestra Jovem.
Dia 11/08/2017 – Escolas Braz Lima Verde, Risco e Rabisco e Creche Nilo Alves de Oliveira, com os grupos de flauta infantil e juvenil.

Dia 18/08/2017 – Escolas Adolfo Guedes, Nágila Maria Ponte Paz Passos e Osvino de Freitas Pereira, com a Camerata de Violões, Orquestra de Flautas e Orquestra Jovem.

domingo, 13 de agosto de 2017

Feliz Dia Dos Pais: Ser Pai!

Embora não seja pai, eu sou filho, assim, como Nietzsche expressava, sigo a mesma ideia de que eu não sei o que quero ser, mas sei muito bem o que não quero me tornar. Pais sempre exercem um imperativo hipotético para com seus filhos, na medida em que eles fazem algo, os filhos interpretam, principalmente na infância, que aquilo é uma lei moral, e por um grande período considera aquilo como certo e o que não se faz como errado, assim, quando um pai age de certa maneira contrário daquela exigida para o filho, o imperativo não é mais aquele, mas sim categórico, e por outro lado, surge a noção de hipocrisia.
Um pai de uma menina deveria (noção de Kant) ser imagem de homem, ao respeita a sua mãe, ao respeitar os membros em sociedade e demonstrar através de sua razão o que é certo ou errado na perspectiva ético-histórica, por outro lado, um pai de um menino deveria da mesma forma agir de tal forma que suas condutas fossem leis universais para a infância, um exemplo, porque este amor que deveria existir é o como podemos demonstrar para a nossa geração como viver uma vida sem turbulências ou contradições, uma vida realmente com sucesso, este que não represente somente o deus-dinheiro.
Pais, vossos filhos te veem como exemplo de amor, então, a forma como você o ensina, educa ou o transmite os ensinamentos da vida será os paradigmas de suas vidas, excepcionalmente, algum consegue ter aquele ensinamento, muitas vezes, como errado e conceituá-lo como tal. Por isso, encontrei no conceito de pai, do latim pater, que significa genitor ou gerador, o vigor desta infeliz existência, pois ser pai não significa apenas gerar irresponsavelmente uma criança, ser pai é algo muito mais amplo, inclusive abrange até mesmo as relações de mãe e filho, onde a mãe exerce o papel de pai.
            Ser pai está muito além de ser aquela figura de homem sério, ríspido, grosso ou até mesmo aquele que vê na companheira um objeto qualquer. Antes de ser pai, devemos ser homens de valor, antes de qualquer atitude de homem, devemos ser espécies vivas racionais, porque se não fosse esta triste realidade da figura masculina, nenhuma outra crise familiar existiria, porque o homem respeitaria a mulher, que respeitaria outro, e a mulher outra mulher, não importa, em todas as relações o respeito e construção devem preexistir ao egoísmo, e respeito não é só uma palavra, é uma prática.
            Portanto, ser pai é nascer todos os dias, somos pais antes de ser, pois nossas decisões que constituirá uma realidade a qual desejamos, pois a vida é estes diversos espelhos, cada qual com sua imagem que refletirá noutro, nesta linha atemporal da compreensão. Ser pai é ser antes de qualquer coisa responsável com esta complexa tarefa muito antes de sê-la.

Feliz dia dos Pais!

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Redes Sociais: Degradação das Relações Sociais


“Temo um dia em que a tecnologia se sobreponha à humanidade, então o mundo terá uma geração de idiotas”. Assim iniciamos mais uma reflexão sobre mais uma fragilidade da vida, com essa frase atribuída ao físico Albert Einstein, que, embora nunca provada a sua autoria, sabemos da aproximação com seu ponto de vista sobre a tecnologia e globalização, porém trocaremos a palavra “idiotas” pela “alienados”.
O que é relacionamento? Levamos em consideração, em princípio, o aspecto geral do contato humano, há uma grande diferença entre conhecer alguém e relacionar-se com este alguém, o conhecimento está baseado somente na visão, vemos alguém todos os dias e isso não significa que temos um vínculo ou nos relacionamos, a aproximação é marcada por um conjunto de sentidos compartilhados tais como ouvir o outro, vê-lo, observar expressões faciais e ler atitudes e comportamentos, esta aproximação está totalmente vinculada ao relacionamento, que é ligar-se, travar conhecimentos e arrolar-se com alguém de algum modo, e não há como exercer todas essas características fugaz senão de forma real, não virtual, pois estaremos forçando algo que é basicamente natural, estaremos, de fato, criando uma virtualidade triste e frustrante.
Outro conceito importante é o de amizade, algo que iremos enfatizar neste ensaio. O que é amizade? Eis aqui mais um conceito polissêmico, porém, entre outros, sempre há pontos comuns, como por exemplo, uma relação que traduz grande afetividade, estima, benevolência e bondade. Sendo assim: será se você tem a quantidade de amigo que imagina ter? A importância de saber distinguir conhecidos de amigos está aqui, justamente, como já explica Freud, que a seletividade é necessária para ter uma vida sensível e melhor, pois o caráter se vincula a isso, não que ser conhecido ou colega de alguém seja algo inútil, mas sim pela necessidade de saber o que é importante ou não você revelar de sua vida e se privar do mal-estar das decepções e desilusões, isso porque as redes sociais são prejudiciais para o psicológico em vários sentidos, inclusive por demonstrar uma realidade social perfeita e feliz no que se diz respeito à vida dos outros, registrando momentos felizes que não expressam realmente a realidade transcorrida. Dessa forma, o que é importante e para quem é importante a sua vida e seus compartilhamentos? Para conhecidos, que geralmente só estão ali por curiosidade e para saber de sua vida e depois comentar ou julgar pejorativamente com outras pessoas? É realmente importante demonstrar ser o que não é (narcisismo da ostentação)? Se aquelas pessoas são amigos, não deveriam saber a realidade de sua personalidade e vida? Por que compartilhar imagens sem nenhum motivo com conhecidos, ou até mesmo desconhecidos, somente para massagear o ego através de pessoas e elogios padrões? Um momento isso será esquecido e novas busca de autoestima e afirmação da existência surge.
As redes sociais vieram implantar a alienação por uma ilusão onde não existe a solidão, de publicidade da intimidade e da triste vida de pessoas que veem “perfis” de outros e se questionam o porquê da vida ser injusta. Tudo começa com uma solicitação de amizade e já tão facilmente temos outro “amigo”. As praças estão menos povoadas, e quando povoadas estão iluminando o céu com telas acesas e cabeças vidradas para coisas sem nenhuma importância, para a ascensão de um narcisismo prejudicial e para a persistência do consumismo e da fragilidade das relações, o equilíbrio entre a realidade e a virtualidade não existe mais.
Seguidores, amigos e contatos, tudo isso passa a ser numérico e não significar mais nada, tornando pessoas apenas objetos: “segue de volta!”, “Amei” sem amar, “Hahahaha” triste, “Uau” sem ser impressionante, curti, mas não gostei, mas sou seu amigo e estou aqui para te dar mais números, ou sou seu amigo, mas não vou curtir, pois não quero existir aqui, só quero olhar sua vida, ou visualizar e não responder por falsas normas sociais, mas e se eu te vir pessoalmente e não falar contigo? Que existência insensível é essa que estamos construindo? Deveríamos mesmo era reagir a tudo com tristeza, todas as coisas sem sentido, porque é triste fazer algo sem sentido algum, é tornar a vida, em partes, banal e desprezível. O cristianismo expressa bem esta ideia, seu líder amava a todos, porém nem todos eram seus amigos, tal que ele tinha apenas doze seguidores e onze amigos, pois um deles o traiu, mesmo que hoje ele tenha em demasiado, mas isso é apenas um exemplo de que amizade é rara, é ouro e não areia, é impossível ter tantos amigos!
Zigmunt Bauman, sociólogo polonês, que é muito conhecido pela ideia de modernidade liquida, que ao se referir às relações diz que o pensamento das pessoas, diante do consumismo da contemporaneidade, transmite a ideia de que tudo é descartável, inclusive as próprias pessoas, que passam a serem objetos, por isso que para ele, na atualidade nós não nos relacionamos e sim nos CONECTAMOS, genialmente plausível esta análise, pois a conectividade torna o vínculo entre as pessoas mais frágeis e mais líquidos, com prazo de validade, por isso vemos muito esta ligação de pessoas com suas redes sociais serem tão inseparáveis, os status expressam o ânimo, as fotos de perfis e cada compartilhamento e publicação fica mais explicita o estado emocional de um indivíduo. Assista ao seguinte vídeo do sociólogo sobre amizade e redes sociais:

Portanto, é uma atitude filosófica imprescindível a formulação de indagações sobre seu circulo de vida, tais como quem realmente é tão importante para você que merece saber sobre sua personalidade e sua intimidade? Quem realmente é seu amigo? Pois as redes sociais é um ambiente totalmente ilusório e alienante, que te prega uma falsa realidade que te causará angustia, decepção e inconsciente baixa autoestima, mas o problema não é acessar as redes sociais, senão o fato de viver somente dela e trazer uma realidade a qual não vive para ela. É a ponderação de valores, atitude racional e filosófica, consciência ética e moral que te fará acordar desta ilusão, saber ser verdadeiro e seletivo, dando substancia ao que realmente merece a relevância. Para finalizar, assistas ao vídeo do Filósofo e Professor Mario Sergio Cortella sobre o tema:

sábado, 10 de junho de 2017

Dia dos namorados: o que é o "desapego"?


Para uma postagem sobre o dia dos namorados, realizamos uma pequena pesquisa seletiva entre pessoas que vivem relações de romance ou namoro, e também aquelas que possuem uma aproximação acadêmica com o estudo dos sentimentos humanos. A pergunta foi a seguinte: No que se refere às relações amorosas em sentido eros e entre outras, o que significa, pra você, o “desapego”, oriundo da frase "não se apegue"? Recebemos diversas respostas interessantes, e concluímos que não há um consenso no significado do desapego, irei discorrer sobre as possibilidades deste alerta que geralmente é dissipado no meio das pessoas que estão em breve relacionamento ou que estão se relacionando, mas antes irei expor aqui algumas das respostas mais instigantes e aproximadas com o sentido da palavra. Eis alguns trechos de algumas respostas:
  • ·          “Nós seres humanos somos capazes de controlar nossos sentimentos e usamos isso como proteção, então quando falam em desapego estão falando também em não se magoar (...) É bastante comum que as pessoas que passaram por desilusões amorosas não se permitem amar novamente, preferem viver relações meio termo, por este motivo vivem em constante guerra dentro de si. Mas é bobagem que se tente controlar algo tão bonito.” (Anônima)
  • ·         “Não deixar o amor “falar” mais alto” (Anônima)
  • ·          “Hoje em dia, eu venho percebendo que as pessoas têm cada vez menos tempo e as prioridades vão mudando, e acaba sobrando pouco para pensar nos relacionamentos. Eu vejo o amor como um tipo de desprendimento. É preciso ter tempo pro outro, compartilhando muitas coisas, e muitas pessoas simplesmente – arrisco dizer – tem medo disso. Medo de esquecer de si, de não haver a troca que é necessária, e mais ainda (medo) de no fim nada sair como esperado. Acho que o desapego vem disso. As pessoas assumem outras prioridades, mas ainda querem desfrutar das coisas superficiais de um relacionamento. Acho válido, desde que as pessoas se sintam felizes desse modo.” (Anônimo)
  • ·         “Não devemos nos apegar a nada e a ninguém, principalmente quando se fala de relacionamentos amorosos. Devemos manter o coração livre e desapegado, pois quando se ama um amor-apego, o sofrimento passa a massagear o nosso ego e assim começamos a sofrer com o término do namoro. O interessante é amar o amor-desapego. Um amor livre e consciente sem o doentio desejo de posse da pessoa. É fundamental amar o amor-doação e amor-compreensão que deixa a pessoa livre pra respirar o ar de liberdade. Esse é o verdadeiro amor.” (Artur Ricardo, professor e historiador)
  • ·         “Na minha opinião é o fato de você evitar a se apegar a coisas e a pessoas. Apesar dos sentimentos nunca serem controlados, podemos evitar a questão do apego, que é algo que muitas vezes faz com que fiquemos presos a relações abusivas. Então, acho que essa frase está mais relacionada a questão de não se apegar a coisas que nos fazem mal.” (Anônimo)
  • ·          “"Não se apegue"...expressão da psicanálise que traduz "deixa" rolar, se desvencilhe das coisas ou pessoas que não lhe fazem bem , desligue-se! Rompa os laços ..Então o relacionamento será rompido e um dos parceiros, ou ambos, vão se iludir com o pensamento de que as coisas serão diferentes com outros parceiros... Então a sentença da vida é mantida de modo que a relação não pode nunca estagnar e degenerar em um beco sem saída. Não, contrariando o poeta, não concordo que qualquer maneira de amor vale a pena. Apenas quando você encontra o amor, a vida e o outro ser em tal estado de prontidão, você será capaz de entregar ao seu amado( amada) a maior das dádivas, a sabre, o self verdadeiro. A humanidade, como um todo está muito desse ideal da união de dois selfs(almas), mas isso não muda a ideia ou ideal. O amor verdadeiro exige muito mais das pessoas, em um sentido espiritual..se não atendem essa exigência, eles esquecem o objetivo pelo o qual suas almas lutam. Desapega é demover, destrutivo e egoísta.” (Olga Lima, professora e socióloga)

Análise das respostas e o conceito de desapego
Foram muitas respostas, e em cada uma delas vimos o interior subjetivo dos indivíduos e as contrariedades e aproximações quanto esse significado. A definição do desapego se transformou polissêmica e nunca saberemos o real sentido quando alguém a expressar. Contudo, na realidade vemos aqui, mais uma vez, a importância ética de se conceituar as coisas, de saber a verdade-finalidade de algo, de saber o sentido em que transcorremos a existência, pois senão, estaremos fadados a uma vida sem sentido algum no nosso plano individual.
Desapegar significa, em sentido literal, o não se apegar, que significa não demonstrar interesse, ser indiferente, desprender-se pelas coisas ou certa coisa individualizada. No sentido abordado, desapegar é não criar expectativa, e aqui há o consenso entre as respostas, todas se comunicam quando se tratam da decepção, e é por isso que essa frase é tão dita e geralmente por pessoas que mantêm relação afetiva conosco, pois é uma forma de nos proteger, cuidar e prever o nosso bem enquanto a possível decepção, que tanto magoa a alma de alguém.
O "desapego" como problema e uma solução
            Embora seja uma forma de nos alertar sobre essa possível decepção, de início já estaremos idealizando e prevendo-a, assim, desde o início do romance, o medo enraíza e há um duplo efeito: o desequilíbrio e a insegurança. Estamos falando de pessoas, dotadas de sentimentos, de personalidade diversa, não de um objeto controlado, não de uma máquina, ou seja, todos nós estamos suscetíveis a nos decepcionar em qualquer relação, mas isso não nos deve criar a filofobia, o medo de amar, o medo de nos doar, e se doar já nos remete a ideia de nos permitir a acreditar em um futuro com o amado, e isso e tão importante, pois deve ser a raiz de toda a construção de uma família, pois o laço responsável pela nossa existência, salvo exceções, em regra é o amor diverso. Nossos pais por um momento se apaixonaram, e levando em conta o que o professor Mario Sergio Cortella discorre que esta paixão, esta suspensão temporária do juízo é necessária, mesmo que haja a desilusão, pois o amor é a paixão contida, é a calmaria deste apego, que depois de tanto criarem vínculos e histórias a dois, é essencial para a formação do elo mais lindo existente, o amor. Amor e Paixão
            Já discorremos aqui sobre algumas espécies de amor, no artigo A vulgarização do amor e das relações entre pessoas que se amam, e o desapego radical está pautado numa relação em que não há o compromisso com uma possível família ou sociedade, afinal, ninguém namora hoje para terminar no dia seguinte, se isso acontece é pela ausência da construção bilateral, onde a reciprocidade não é tempestiva, não é fundamento e a maturidade não se manifesta. O desapego é prejudicial para o equilíbrio entre os amantes, pois sempre haverá um que o tem idealizado como forma de escudo para não sofrer ou por acreditar que o amanhã é incerto, porém é claro que o futuro é um mistério, mas somos nós que o construímos, somos nós que o cultivamos com todas as nossas atitudes, assim ter muito não é ter tudo, o tudo é a perfeição substanciada na qualidade de pessoas que vivem para ser feliz, o pêndulo da balança deve se equilibrar. Esse desprendimento é também prejudicial para a segurança, pois os seres pensam que não podem deixar de “viver” por causa de alguém e depois se decepcionar e sofrer, acabam traindo o parceiro e dando insegurança à relação, a traição é irracional e cabe outra análise, sobre o “deixar de viver” é uma falácia, haja vista na medida em que você se permite, diante de sua liberdade, relacionar-se, você está sendo livre e vivendo, mesmo diante de uma moral diversa, podendo ser cristã, filosófica, axiológica e entre outras.
Decepção
            A decepção, por mais que pareça estranho, é uma forma de obter autoconhecimento, as maiorias das pessoas só param para se analisarem quando estão em estado crítico, isso também é válido também para a ideia de buscar a Deus dentro de si somente quando precisam, é o momento da humildade. A decepção é o marco da morte de um dos sentimentos que acreditávamos, mas eles são fênix, renascem melhores e com mais capacidade de seleção natural, e essa morte é essência, pois assim como dizia Charles Bukowski sob as ideias de Nietzsche, que é preciso morrer algumas vezes antes de realmente viver, por isso é fundamental sentir para entender, apesar de existir pessoas que observam a “morte” de outros para adquirir o sentido.
Importância do namoro compromissado
            As relações não têm mais sentido porque as pessoas sucumbem ao comodismo, à rotina, à irrelevância da relação e à vida virtual sem razão, pois, parafraseando Nietzsche, ter esta razão de vida é condição essencial para suportar qualquer escuridão. O desapego radical atrapalha esta condição, aliás, como colocar razão em algo que não nos interessamos? Já basta toda essa banalização da sexualidade, todo esse mercado gratuito de beijos e amasso com parceiros por competência, fechar os olhos para o futuro acreditando não saber o dia de amanhã, e assassinando o romantismo como fundamento da história de amor são fatores de uma família desestruturada e instável, é inegável que em qualquer relação há problema, mas não possuir a capacidade de lidar e usar de um diálogo mais amplo e consciente é tão difícil que as pessoas preferem ignorar e deixar acumular, pelo simples desapego, de algo que pode ser mais simples através de outras maneiras de reascender. Relacionar-se com a ideia de que o desapego radical é essencial, é preparar o velório para a morte de algo que mal começou.
            Diante disso, é preciso, antes de qualquer coisa, alimentar a alma com amor verdadeiro e único no sentido aqui expresso, é preciso esquecer o desapego radical, doar-se, entregar-se, construir a vida virtual do sentimento com razão, pois assim como amadurecemos enquanto pessoas e descobrimos que mudamos muito, a relação também amadurece, e poderemos ponderar que toda a mudança foi pela melhora do amor criado. Quando isso não ocorrer, é porque, no que se diz respeito o amor, os opostos não se atraem, senão se completam, tendem ao fim, e não é motivo para desistir e desapegar, mas sim de se recuperar e reconhecer que o amor não aceita tudo, o amor repele o mal e é contra qualquer desamor, é o momento exato para virar fênix e ascender à alma e amar com seletividade, aceitando só aquilo que seus princípios e valores ponderam como infinito, isso quer dizer que o amor tem limite? Não, mas como já dito, não pode aceitar tudo, tem de está dentro dos limites de sua subjetividade e te acrescentar, te elevar, pois amar a si mesmo já é natural, todos nós buscamos o nosso próprio bem, mas quando o amor surge, o amor próprio passa a se vincular com o amor próprio do outro e se tornarem um só. Santo Agostinho já expressa que no amor não há medida, se não há, o desapego é um impedimento e uma causa de outro interesse, não amor, e “em última análise, precisamos amar para não adoecer” (Freud).
            Portanto, que possamos acreditar na imortalidade dos sentidos, reviver e reascender nossas maiores crenças quanto ao amor, que é um bem que serve como substância para modificar nossa alma e humanidade, que não nos limitemos pelo desapego, medo da decepção ou desilusão amorosa, pois em quase tudo é preciso morrer para reviver e descobrir o que nossa alma vai aceitar para viver de forma mais cuidadosa, não deixemos que o passado frustrado vire a eternidade de um mal que cria barreira para a entrada de algo que seja realmente válido e verdadeiro, o amor deve ser levado a sério, e para isso deve pairar o discernimento e a maturidade. Que tenhamos discernimento para saber que a perfeição não é um estado pronto, mas sim construído através de um grande processo histórico da relação, com muita compreensão e diálogo. Que não permitamos a banalização do amor, do romantismo e de todos os valores de uma relação que é base para uma família, uma sociedade e um Estado melhor.
E você, o que acha do desapego?
Feliz dia dos namorados a todos! Mais amor, menos traição e mais crença! Mais carinho, mais importância e mais seriedade!
Algumas das respostas a mais:
  • ·         “Bem, para mim, no sentido da frase "Não se apegue", desapego seria criar expectativas de forma que só você vê algo onde não existe. Quando falo algo me refiro à sentimentos mútuos, companheirismo, amor, enfim. Não se apegar no sentido de não criar uma cena onde na verdade não existe nada. Com o passar do tempo as coisas se constroem e aí sim, o apego surge. (Anônima)
  • ·         “Ah! Pra mim é propagar a ideia de que os sentimentos não valem nada. As pessoas evitam se "apegar" e isso torna as relações amorosas tão fúteis. Não sei ao certo por o que penso em palavras, mas acho que é isso.” (Anônima)
  • ·         Bom, "não se apague" pra mim é pra não criar laços de afeto, saber diferenciar um pegação ou atração imediata com qual quer tipo de relação ou vínculo amoroso! (Anônima)
O AMOR ACEITA TUDO?