sábado, 7 de novembro de 2015

Humanos: Tão animais quanto qualquer outro.



Ah! Os humanos, únicos seres vivos dotados de racionalidade, criados à imagem e semelhança de Deus, ou a espécie sortuda que via seleção natural conseguiu evoluir de tamanha forma a ponto de dominar sobre o planeta terra, desenvolvendo tecnologias, possuindo uma gramática única. Quão especiais são os seres humanos, mas o que vem acontecendo com eles nesses séculos? eram tão sociáveis.
Hoje estava em uma parada de ônibus em Fortaleza, quando chegou um senhor bastante eufórico. Tendo em sua mão um envelope com o logo do Hospital Haroldo Juaçaba (O Hospital do Câncer). Havia na mesma parada algumas outras pessoas. Ele indagou, dirigindo-se a qualquer que quisesse responder, se alguém poderia o informar quando viesse seu ônibus, pois não sabia ler.
            Mas ninguém o deu atenção. Dispus-me a comunicá-lo. Logo começou a contar o que parecia saltitar de sua boca, muito inquieto. Disse que acabara de vencer uma batalha em sua vida, que todos os anos retornava ao hospital para mapear o estado de seu câncer, porém essa seria a ultima vez que se submetia a esse transtorno, seu médico disse que estava curado.
Isso me faz refletir o quanto estamos às cegas nos preocupando somente com nós mesmos, na escuridão em busca de coisas supérfluas. Estou certo que dinheiro não compra a felicidade, mas compra um telescópio com abertura de 200 mm, ou um violino modelo Stradivarius feito por Luthier. Mas é preciso muito mais que dinheiro, temos que ter afeto com o outro. Onde estão seus valores, sejam religiosos ou morais. É preciso muito mais que conhecimento técnico, note que os maiores pensadores não estavam preocupados somente em calcular a área sob uma curva por meio de integrais, eles estavam também preocupados com o rumo que nossas relações iriam tomar.

Aproveito o ensejo de uma postagem recente do Blog(http://migre.me/s347I), onde é discorrido sobre o processo de deterioração dos valores humanos, observa-se que nossa essência esta sendo minguada, nos aproximamos a galope em direção ao ser primitivo, não diferente de qualquer outra espécie, com características puramente animalescas. Talvez até esteja sendo injusto como pobre cão, tão fiel ao seu dono, ou a injustiçada árvore, que nos dá oxigênio e sombra em troca de ter suas semelhantes devastadas. Perdoe-me mãe natureza...
            Busquemos o progresso conjunto e não o retrocesso individual. Os convido a uma profunda reflexão sobre nossas atitudes.

domingo, 1 de novembro de 2015

O indivíduo e a banalização sexual.

É inegável na atual conjuntura social, a  existência plena de indivíduos que atuam e exercem papéis ativos na banalização sexual, haja vista que em diversas situações presenciamos a visão dos homens sobre as mulheres (reciprocamente também) como objetos sexuais, ou seja, apenas como um amontoado de "carne humana" descartável e abjeta. Os termos mais presentes para se referir às mulheres em conversas "masculinas" é recusável citar, pois destruiria a imagem e dignidade da mulher.
É mais que senso comum, sabemos da atuação da ocitocina, conhecido como "hormônio do prazer", presente tanto no homem quanto na mulher, hormônio esse produzido no hipotálamo, onde é liberado na corrente sanguínea. Ele atua fisicamente no organismo, aumentando a potência sexual, elevando a sensibilidade peniana ao contato e principalmente o libido. Está presente em todas as relações, são hormônios que atuam na mudança do comportamento humano, porém nada justifica tratar o prazer como algo pejorativo, pois a racionalidade traz ao escopo social o aprimoramento e relevância das relações sociais, agregando a si o decoro, à liberdade supraformal, à dignidade etc. Portanto nenhuma ação fisiológica justificaria o ato banalizador da figura feminina, que na maioria tem o controle de suas ações. Muitas agem mais por sentimentos do que por prazer, isso nessa perspectiva.
Segundo a mestre em direito Rita de Cássia Vieira, "A banalização das relações sexuais, como mera fonte de prazer sexual, gera o pensamento pró-aborto"(jornal O Globo, de 26/10/2007). Além disso as consequências dessa banalização são mais amplas do que o expressado pela autora, acarreta também a desvalorização da imagem feminina, a decadência da moral, a visão antiética e a destituição dos valores que ainda sustentam as relações sociais, haja vista que se não há o equilíbrio entre a emoção e o prazer agiremos todos como animais, regrediremos ao estágio de natureza.
Por conseguinte, observá-se a predominância do sexo pejorativo e com finalidade meramente descartável nos homens, são poucas as mulheres que sucumbem aos prazeres físicos e banais. Tendo em vista isso, analisá-se a carência dos valores mais em homens do que em mulheres. Mas além dos valores, há escassez da base do que é ser humano, a racionalidade, o ato de pensar e de agir em torno do bom senso. Nessa temática o homem se torna mais um animal movido a instintos, assim como ver um "canil em busca de uma cachorra no cio". No entanto, pequena parte das mulheres permitem essa destruição da sua imagem, ao se entregarem aos prazeres carnais esquecem que possuem um cérebro e que podem mudar essa visão sobre elas. A mídia, as músicas atuais de diversos gêneros atribuem essa imagem da mulher ser apenas "uma noite", um brinquedo para o prazer e nádegas móveis, estereótipos pregado numa sociedade hipócrita. Esta hipocrisia baseia-se na concepção de que o nosso Estado Democrático de Direito admite o princípio da dignidade da pessoa humana como valor fundante do sistema brasileiro (CF, art. 1°, III), não é contradição permitir esse ferimento à dignidade dos homens?
Mesmo em um contexto histórico machista, não obstante uma reforma nos atos educacionais a fim de proporcionar e ensinar ética em geral e os valores que nos regem em sociedade, pois tudo isso só seria plausível se fôssemos uma anarquia e selva.
Em suma, é imprescindível a discursão sobre a temática e as ações cabíveis para a próxima geração, pois no nosso  país, isso já é cultura e só um longo processo educacional reformularia essa visão banalizada do sexo.