domingo, 1 de novembro de 2015

O indivíduo e a banalização sexual.

É inegável na atual conjuntura social, a  existência plena de indivíduos que atuam e exercem papéis ativos na banalização sexual, haja vista que em diversas situações presenciamos a visão dos homens sobre as mulheres (reciprocamente também) como objetos sexuais, ou seja, apenas como um amontoado de "carne humana" descartável e abjeta. Os termos mais presentes para se referir às mulheres em conversas "masculinas" é recusável citar, pois destruiria a imagem e dignidade da mulher.
É mais que senso comum, sabemos da atuação da ocitocina, conhecido como "hormônio do prazer", presente tanto no homem quanto na mulher, hormônio esse produzido no hipotálamo, onde é liberado na corrente sanguínea. Ele atua fisicamente no organismo, aumentando a potência sexual, elevando a sensibilidade peniana ao contato e principalmente o libido. Está presente em todas as relações, são hormônios que atuam na mudança do comportamento humano, porém nada justifica tratar o prazer como algo pejorativo, pois a racionalidade traz ao escopo social o aprimoramento e relevância das relações sociais, agregando a si o decoro, à liberdade supraformal, à dignidade etc. Portanto nenhuma ação fisiológica justificaria o ato banalizador da figura feminina, que na maioria tem o controle de suas ações. Muitas agem mais por sentimentos do que por prazer, isso nessa perspectiva.
Segundo a mestre em direito Rita de Cássia Vieira, "A banalização das relações sexuais, como mera fonte de prazer sexual, gera o pensamento pró-aborto"(jornal O Globo, de 26/10/2007). Além disso as consequências dessa banalização são mais amplas do que o expressado pela autora, acarreta também a desvalorização da imagem feminina, a decadência da moral, a visão antiética e a destituição dos valores que ainda sustentam as relações sociais, haja vista que se não há o equilíbrio entre a emoção e o prazer agiremos todos como animais, regrediremos ao estágio de natureza.
Por conseguinte, observá-se a predominância do sexo pejorativo e com finalidade meramente descartável nos homens, são poucas as mulheres que sucumbem aos prazeres físicos e banais. Tendo em vista isso, analisá-se a carência dos valores mais em homens do que em mulheres. Mas além dos valores, há escassez da base do que é ser humano, a racionalidade, o ato de pensar e de agir em torno do bom senso. Nessa temática o homem se torna mais um animal movido a instintos, assim como ver um "canil em busca de uma cachorra no cio". No entanto, pequena parte das mulheres permitem essa destruição da sua imagem, ao se entregarem aos prazeres carnais esquecem que possuem um cérebro e que podem mudar essa visão sobre elas. A mídia, as músicas atuais de diversos gêneros atribuem essa imagem da mulher ser apenas "uma noite", um brinquedo para o prazer e nádegas móveis, estereótipos pregado numa sociedade hipócrita. Esta hipocrisia baseia-se na concepção de que o nosso Estado Democrático de Direito admite o princípio da dignidade da pessoa humana como valor fundante do sistema brasileiro (CF, art. 1°, III), não é contradição permitir esse ferimento à dignidade dos homens?
Mesmo em um contexto histórico machista, não obstante uma reforma nos atos educacionais a fim de proporcionar e ensinar ética em geral e os valores que nos regem em sociedade, pois tudo isso só seria plausível se fôssemos uma anarquia e selva.
Em suma, é imprescindível a discursão sobre a temática e as ações cabíveis para a próxima geração, pois no nosso  país, isso já é cultura e só um longo processo educacional reformularia essa visão banalizada do sexo.

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