sexta-feira, 14 de abril de 2017

O que esperar da Educação Digital?


É notório na contemporaneidade, um excesso de cobranças sobre o profissional da Educação, na contramão de sua valorização, bem como se divisa uma apreciação exagerada dos instrumentos de avaliação, como se estes sozinhos definissem a realidade e a qualidade da educação ofertada. Essas e outras características constituem um retorno ao tecnicismo. Além da grande valorização dos mecanismos de avaliação, na Era da Informatização, é notório um discurso de que tablets e computadores garantem e qualidade do ensino e que o professor precisa dominar esses instrumentos para garantir a qualidade da Educação. Outro problema recorrente é que atualmente, o mercado está interferindo muito no que pode ou não estudar, no que é ou não importante, no que merece ser financiado ou não, não demonizo o mercado, mas quando o mercado dita, então sim, vejo problemas. O mercado de certa forma já dita a educação, importando conceitos da administração, usando quantitativos pra determinar uma escola que é boa ou não, entre outros aspectos. Porém, percebe-se que esse debate é bem mais complexo. Hoje perde-se muito a importância de se refletir a função social da escola, do professor, que de certa forma, não é simplesmente a socialização das novas gerações no contexto das novas tecnologias ou de novos métodos mercadológicos - uma alfabetização digital entendida num sentido restrito, gerar mão de obra para o mercado de trabalho cada vez mais informatizado, mas a educação do sujeito em nosso tempo. Essa compreensão é fundamental para que o emprego das tecnologias na Educação não seja uma didática tecnicista, quando o professor torna-se coadjuvante nos processos de ensino e de aprendizagem, tornando-se um simples executor de planos de aulas preestabelecidos.
Considero a utilização das tecnologias uma realidade não apenas na Educação, como também, e especialmente, no dia a dia dos alunos, que estão cada vez mais conectados em seus computadores, tablets e smartphones, usando redes sociais e aplicativos diversos para se comunicarem e facilitarem suas vidas. Por fim, penso que essa realidade não deve ser negada, mas sim encarada com racionalidade e criticidade.
Diante disso, a reflexão sobre algo que já representa uma realidade na vida dos estudantes e na organização das escolas é essencial.
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Autor: Antonio Gabriel Batista Xavier
Bacharel em Humanidades (UNILAB)
Graduando em História (UNILAB)
(85) 9 - 9725.2562

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