Texto apresentado à disciplina Crítica a Economia Política
O objetivo do escrito se desenrolará numa
perspectiva que trabalhará a história do Marx, falando do mesmo, como filósofo,
sociólogo e economista. Tentar-se-á de modo simplista, mostrar como os
argumentos do pensador foram cruciais para uma futura crítica a crítica a
economia política, dentro da obra O Capital.
Inspirando-se
no materialismo antigo e a partir de uma crítica da economia política, a filosofia de Karl Marx pode bem ser
caracterizada como uma filosofia materialista. O materialismo filosófico de
Marx procura pensar o homem como o produto do conjunto de todas as suas
relações sociais e históricas e, por isso, esta filosofia é também chamada de materialismo
histórico. A esta forma de pensar a realidade material sócio histórica é
preciso acrescentar sua dinamicidade, seus antagonismos, as relações de
oposição e contradição que caracterizam o movimento da História. Isto é o que
se convenciona chamar de materialismo dialético. Por isso a doutrina
marxista é conhecida como materialismo histórico dialético: constitui a
aplicação da dialética aos fatos históricos.
Em
Marx a dialética é um método que permite analisar as relações contraditórias
entre as forças sociais em um período histórico dado, permitindo, igualmente,
deduzir o movimento da própria História. Para estudar uma realidade objetiva
determinada deve-se analisar os aspectos e elementos contraditórios desta
realidade e em seu movimento e é neste sentindo que a dialética marxista apenas
retoma e amplia a dialética hegeliana.
Na teoria marxista, o materialismo histórico
dialético pretende a explicação da história das sociedades humanas, em todas as
épocas, através dos fatos materiais, essencialmente econômicos e técnicos. A
dialética hegeliana continha uma série de elementos imprescindíveis para a
análise dos pressupostos econômicos empreendidos por Marx. Contudo Marx irá
reformular radicalmente a concepção dialética hegeliana como foi explanado mais
acima acentuando as condições históricas em que homens e mulheres criam e
recriam as suas próprias condições de existência. E é nesse terreno que a
economia aparece como um fator essencial de explicação da densa malha de
relações existentes entre a política, o Estado e a vida social.
De acordo a doutrina marxista a sociedade é
comparada a um edifício no qual as fundações, a infraestrutura, seriam
representadas pelas forças econômicas, a base econômica, pela qual os homens produzem
os bens necessários à vida; enquanto o edifício em si, a superestrutura,
representaria as ideias, costumes, instituições (políticas, religiosas,
jurídicas, etc), sendo que esta é determinada pela primeira: a infraestrutura
determina a superestrutura, ou seja, as manifestações da superestrutura
(política, moral e direito) passam a ser determinadas pelas alterações da
infraestrutura decorrentes da passagem de diferentes sistemas econômicos. A
infraestrutura econômica é a base sobre a qual se constrói toda a
superestrutura jurídica, política, moral, intelectual, ideológica. Por isso
Marx vai dizer que não é a consciência que determina o ser social, mas é a
realidade social que determina aquela.
Desse modo, para Marx a base da sociedade são as relações de
produção econômica dominada pela ideologia da classe dominante que almeja se perpetuar
nessa condição. Por isso faz-se necessário a união e organização da classe
trabalhadora em prol de um objetivo comum: o fim da exploração e do
capitalismo. Eis como a obra o Manifesto do Partido Comunista termina:
“PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES, UNI-VOS!”. Marx almeja a mudança das condições
sociais da classe trabalhadora e, se esta mudança não fosse possível de ocorrer
de forma gradual, deveria acontecer por meio da revolução do proletariado.
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