Este
texto não tem caráter científico, entretanto parte de reflexões filosóficas e empíricas
baseada em experiência de indivíduos que contribuíram com o texto, e análises
da atual conjuntura social na qual vivemos.
O amor é um dos sentimentos mais difíceis
de conceituar, haja vista ser um sentimento variável de acordo com a
subjetividade e contexto de vida de um indivíduo. Há várias concepções e
maneira de amar, depende muito da referência que está sendo analisada, no caso
deste texto nos referimos ao amor eros,
entre homem e mulher. Sabemos que cada caso tem sua devida particularidade e não
há uma generalização do que estamos expondo, porém há certas generalidades em
cada relação que hoje podemos analisar e extrair as banalidades que pretendemos
expor. Demonstraremos aqui a importância do sentimento dentro da relação entre
amantes (quem ama bilateralmente) e seu fundamento para uma sociedade melhor.
O
AMOR E SUA ORIGEM NO SER
O amor é um sentimento atemporal,
não se sabe ao certo quando inicia, quando existe ou se existe numa determinada
relação, mas os sentidos são tão indeterminados e complexos que causam nos indivíduos
a ilusão ou não de amar. O gostar ou querer nasce em várias espécies, focaremos
nesta parte na carnal e no interesse psicológico. Na primeira maneira é a
aparência que cria o desejo do encontro carnal, a beleza que é aparente ou
externa causa no sujeito ativo à curiosidade de sentir fisicamente o outro, já
no interesse psicológico é o inverso, as impressões são em longo prazo, é
através do contato verbal, do conhecimento de um o que o outro é quanto sua
personalidade, satisfazendo naquele os padrões almejados como companheiro, o
que leva o sujeito ativo a pensar que o passivo é perfeito aos seus olhos, aos
seus padrões. Consideramos o amor quando a aparência e o interesse psicológico
comungam e causam um mistério maior nos sentidos, desprezando as mínimas diferenças
e criando um elo de perfeição entre os indivíduos, isso quando há
reciprocidade, pois quando não há o significado tange a paixão.
O
ESPIRITO GERAL E O AMOR
Neste sentido, segundo as fontes
espirituais, por exemplo, a Bíblia, o amor não ultrapassa a essência, é
inexplicável quanta definição, mas tão expressivo quanto às emoções, as
atitudes do corpo traduzem os sentidos do espírito. Assim o amor é um dos
sentimentos mais importantes, tão quanto à fé e a esperança, pois é dele que surgem
todas as outras virtudes do ser humano. O amor torna-se tão essencial que sua
acepção é utilizada neste contexto de maneira geral, assim o faz quando Jesus
vem não para nos julgar, mas sim para ensinar a amar o próximo, Ele não
especifica, porque amar não é efêmero, é fundamental, tão quanto à vida, é tal
que ele morreu por amor ao seu povo. E o que toca esse fato ao amor entre duas
pessoas? É o mesmo preceito, quando amamos, sentimos o amor de maneira vital e
inerente à nossa própria condição humana, em todas as relações, infelizmente as
pessoas esquecem que o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta.
SOCIEDADE
E AMOR
Atualmente, o amor, assim como
outros sentimentos cruciais estão sendo capitalizados, sendo confundido e
banalizado diante da sociedade de aparências e do consumismo, isso é claro
quando os meios sociais e músicas exprimem as dificuldades e deturpação da
figura feminina, da ênfase nas traições e nas mazelas da imagem corrompida que
o amor sofre. Dessa forma, consequentemente, as relações rotulam-se, criam
prazos de validades e baseiam-se em outros vínculos que não se consumaram
devido os próprios sujeitos já alienados pela destruição da imagem do amor no
meio. Portanto, o primeiro estágio da família corre risco por motivos externos
que não fortificam a união de dois seres responsáveis com o futuro de uma nova
geração.
FATORES
DEGENERATIVOS DO AMOR
Diante do escopo, o sentido de amor
degrada-se no transcorrer das determinações fanáticas e dotadas de falácias que
a sociedade do prazer superficial exala. O maior problema não é somente os
fatores externos da sociedade, mas também a carência de arte, leitura, músicas
que transmitam poesias a favor do meio social, afinal, de tudo que humaniza os
seres de uma relação, porque infelizmente o próprio indivíduo que foca na
ostentação de fama, “curtidas”, visualização da própria imagem e nas entradas
desses novos grupos sociais gerados de uma sociedade destruída sentimentalmente,
é fator cerne da questão da vulgarização do amor, porque esses são os que sucumbem
aos padrões e deixam o sentimento transformar-se em um vinculo falido, porém o
que está falido é o próprio corpo social, a integridade psicológica dos
indivíduos e o compromisso com as gerações posteriores.